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segunda-feira, 25 de abril de 2016

SUPERANDO A DEPRESSÃO (DEPOIMENTOS)

É cinza, sem sabor e sem cor’

Depressão. O que dizer sobre esse assunto? É cinza, sem sabor, sem cor, sem brilho, sem vida... É o que sentimos. Nada faz sentido, nada tem valor, nada é bonito, nada importa. A sensação da morte presente sim é algo muito real, porque a gente se sente , morto-vivo e vivo-morto. E tudo que lembra a morte é mais familiar e mais desejado que qualquer outra coisa. Sintomas? Dores terríveis, sensação de fim, uma tristeza inexplicável, apatia total às coisas da vida, não se tem vontade de fazer absolutamente nada. Só de morrer, devagarinho, pedindo que o mundo nos deixe em paz. Um sofrimento sem razão de ser, mas com feridas profundas. De onde vem? Não sei explicar. Não tem explicação. Tudo é tristeza, tudo é um vão, vazio. Um poço sem fundo...” CRISTINA, 35 ANOS*

Cheguei a ponto de tentar suicídio’

Há pouco mais de um ano, comecei a conviver com uma assustadora melancolia. O primeiro sintoma foi o isolamento. Quem me conhecia desconfiava da minha ausência em festas e reuniões de amigos. Ficar em casa ouvindo músicas tristes era o que me satisfazia. Sentia tanta dor, inclusive física, pela somatização de angústias, que no início, mesmo com a ajuda de um terapeuta, uma psiquiatra e vários medicamentos, não conseguia me ver longe daquele abatimento. Acreditava que minha vida era como um teatro no qual eu inventava meus personagens e apresentava uma péssima atuação. Passei por tantos estágios de aflição que cheguei a ponto de tentar suicídio e ser internada em uma clínica psiquiátrica. Minha família sofreu junto comigo. O pior era ter de tentar esconder isso de algumas pessoas, pois, passada aquela fase, como os outros iriam me olhar? Como meus colegas de trabalho se refeririam ao assunto? Com pena? Medo? É muito triste sermos julgados durante toda a vida por uma fase. Hoje entendo que, quando meus problemas não são resolvidos, eles tendem a me levar à depressão. Nesse aflitivo ciclo em que vivo, estou cercada dos cuidados da família e de amigos. Minha depressão tem sido vencida e no fim ela mesma encabula e sai correndo.”MARTA, 28 ANOS*

Tinha medo de estar doida’

Em 1998 meu marido passou em um concurso em outro Estado. Apaixonada, larguei tudo para acompanhá-lo em nossa nova vida. A euforia logo deu lugar à solidão. Passava muito tempo sozinha. Vivi 7 anos e 11 meses escondida dentro de uma casa. Não sei se a mudança foi a causa da tristeza que virou depressão, mas o certo era que sentia uma dor imensa. Logo eu, que sou do signo de leão e sempre fui reconhecida por ser batalhadora, otimista e guerreira. Lembro que lá era um calorão e eu ia para a cama e me cobria de cobertas às 20 horas. Era uma tentativa de me proteger da dor. Acabei buscando refúgio no álcool. Foi meu fundo do poço. Bebia e sentia culpa. Sentia culpa e bebia. Tinha medo de descobrir que estava doida. Sentia que estava sucumbindo, morrendo aos poucos. Meu marido não teve a sensibilidade de ver que eu precisava de ajuda, que acabei encontrando com os amigos. Me levaram a um psiquiatra, o que foi fundamental para minha recuperação. Com a ajuda da família e dos meus amigos, consegui vencer a depressão, uma dor que não desejo a ninguém.”
ESTELA, 51 ANOS*



Um comentário:

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